domingo, 31 de maio de 2020

Maringa tem Lei Aprovada que Determina Campanhas de Combate à Violência contra as Mulheres e à Família desde 2019.

Na sessão ordinária desta terça-feira (05), o plenário da Câmara Municipal de Maringá aprovou, por 13 votos, em segunda discussão, projeto da Professora Vilma (PT) que cria a Campanha Municipal de Combate à Violência contra as Mulheres e à Família. 
Trata-se de uma iniciativa de caráter permanente contra a violência física ou emocional de mulheres e suas respectivas famílias. A proposta foi apresentada, ano passado, quando Vilma substituía o vereador Mário Verri (PT) durante sua campanha eleitoral para a Assembléia Legislativa
Nenhuma descrição de foto disponível.
Entre as ações propostas neste projeto estão a Caminhada Anual de Mobilização e Conscientização da População para a Luta e o Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e a Família; publicidade em espaços públicos e veículos de comunicação locais. Quem chamou a atenção para a importância do projeto foi o vereador Carlos Mariucci (PT).

De empregada doméstica a professora estadual em Maringá: conheça a história e as posições políticas da futura vereadora Vilma Garcia (PT)


MATÉRIA VEICULADA EM 2018 POR  
Por: Murillo Saldanha - 14 de agosto de 2018
A hegemonia masculina na Câmara de Maringá será quebrada, pelo menos por 120 dias, período em que a professora Vilma Garcia da Silva (PT) assume o lugar do vereador Mário Verri (PT), que se afastará do legislativo para disputar o cargo de deputado estadual. Pela primeira vez concorrendo às eleições, Vilma recebeu 1.886 votos.

Vilma Garcia recebe o prêmio Dorcelina Folador na Câmara de Maringá (Imagem/Arquivo pessoal)
A professora de 54 anos, que divide a vida entre a presidência Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Paraná (APP-Sindicato), a vice-presidência do PT em Maringá e as aulas de Matemática no Colégio Estadual Silvio Magalhães de Barros terá mais uma função: fiscalizar o Executivo e atender as demandas sociais como a primeira mulher da atual legislatura e a 13ª da Câmara.

Ela saiu de Nova Esperança, onde nasceu, e veio para Maringá em 1985. Como muitos jovens, tentava entrar na universidade com a certeza que só a educação poderia transformar a realidade em que vivia. Até concluir o Ensino Médio e passar no vestibular de Ciências Econômicas na Universidade Estadual de Maringá (UEM), Vilma trabalhava como empregada doméstica na casa de dois filhos de um médico da cidade natal.
Nos primeiros anos de UEM, Vilma continuo trabalhando como doméstica, mas logo se aventurou em outras áreas. “Fiz muita coisa nessa vida”, diz ela se referindo ao trabalho no setor financeiro de uma empresa de médio porte e na secretaria de um colégio da rede estadual. Licenciada em Matemática, em 2006 ela passou no concurso e tornou-se professora do Estado.

Casada, mãe da Izabele, de 21 anos, e do Matheus, 19, Vilma se descreve como militante do movimento negro, LGBTQI+ e feminista.  Moradora do Conjunto Thaís, região periférica da cidade, a vereadora afirma que pretende representar as vozes que ainda não são ouvidas na Câmara de Maringá e priorizar a educação.
“Em uma sociedade onde mais de 50% são mulheres é muito complicado não haver representatividade feminina na Câmara. A gente precisa ampliar e reforçar o debate dos segmentos que efetivamente não tem representação, não só na Câmara de Maringá, mas no Congresso Nacional também”, afirma.

O discurso político ligado ao campo ideológico de esquerda se acirrou em 1999, quando Vilma, ainda funcionária administrativa do Estado, decidiu se filiar ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Paraná (APP-Sindicato). Em 2003, mesmo não estando ligada a nenhum partido, ela começou a atuar como militante política, fazendo campanhas para candidatos a cargos públicos.
Em 2005 ela se filiou ao PT e em 2015 assumiu a presidência da APP Sindicato. De acordo com a futura vereadora, o estopim para que ela assumisse a causa sindicalista e se voltasse para a defesa das minorias aconteceu durante a faculdade, principalmente com os desafios que enfrentou. Desempregada, ela procurou emprego até como camareira de motel.

“A formação acadêmica abre os horizontes e te dá a possibilidade de avaliar a sociedade que a gente vive. Para uma mulher negra, na década de 80, o mercado não dava oportunidades. Senti na pele a dificuldade de arrumar emprego em Maringá. Na década de 80, os anúncios exigiam boa aparência, o que significava ser branco. E aí todas essas dificuldades me empurraram”, diz.
Nas redes sociais, Vilma faz postagens em apoio ao ex-presidente Lula e em tom crítico ao Supremo Tribunal Federal. Atuante em greves e protestos dos servidores públicos do Estado, a vereadora também declara apoio ao movimento feminista negro.
Qual será a posição política da vereadora na Câmara?
Vilma deve assumir o lugar do vereador Mário Verri por 120 dias a partir de sexta-feira (17/8). Caso Verri se eleja deputado, a professora continuará no cargo.
Ela diz não ter expectativa de continuar na Câmara e que as decisões são tomadas em conjunto com outras lideranças. “Eu nunca tive a pretensão de ocupar uma cadeira eletiva, não era o ideal da minha vida. Quando você entra para um sindicato, você é colocado à disposição. Se o grupo compreende que meu nome vai ajudar os maringaenses, aí a gente se coloca”.
A vereadora diz que tem projetos prontos para serem apresentados na área de educação e desenvolvimento da cidade, mas não quis revelar detalhes. A professora acrescenta ser favorável a compra de vagas na rede particular de ensino, desde que seja uma medida provisória para que o Município comece a trabalhar outras saídas que resolvam o problema.

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Dia 28 de Março dia Internacional de Luta pela Saúde das Mulheres e Dia Nacional contra a Mortalidade Materna!

O Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher foi definido no IV Encontro Internacional Mulher e Saúde, ocorrido em 1984, na Holanda, ocasião em que a morte materna apareceu com toda a sua magnitude.

A partir dessa data, o tema ganhou maior interesse e no V Encontro Internacional Mulher e Saúde, realizado em São José da Costa Rica, em 1987, a Rede de Saúde das Mulheres Latino-Americanas e do Caribe - RSMLAC, propôs que, a cada ano, no dia 28 de maio, uma temática nortearia ações políticas que visassem prevenir mortes maternas evitáveis.
A imagem pode conter: texto
Saúde da Mulher AINDA importa! é o tema definido pela Women’s Global Network for Reproductive Rights para 2020, ano em que a atual crise global, resultante da pandemia do COVID-19, provoca a realocação de recursos e de prioridades, afetando diretamente o acesso de meninas e mulheres aos serviços de saúde sexual e reprodutiva. A crise de saúde pública agrava os riscos para essa parcela populacional que vive em vulnerabilidades cruzadas, particularmente aquelas em que os sistemas econômicos e de saúde são frágeis.

Apesar dos progressos, os direitos humanos e, particularmente, os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres continuam a ser sistematicamente violados em todo o mundo, demonstrando que a mobilização, tanto dentro como além das comunidades, continua sendo essencial para resistir aos retrocessos e avançar na luta pela justiça para todos.

O principal objetivo dessas datas comemorativas é chamar a atenção e conscientizar a sociedade sobre diversos problemas de saúde comuns na vida das mulheres, tais como: câncer de mama, endometriose, infecção urinária, câncer no colo do útero, fibromialgia, depressão e obesidade.

A mortalidade materna é um importante indicador de qualidade da saúde ofertada para as pessoas e é fortemente influenciada pelas condições socioeconômicas da população. Em média, 40% a 50% das causas podem ser consideradas evitáveis. O atraso no reconhecimento de condições modificáveis, na chegada ao serviço de saúde e no tratamento adequado, está entre as principais causas das altas taxas de mortalidade materna ainda presentes na maior parte dos estados brasileiros.

O principal objetivo da atenção pré-natal e puerperal é garantir o bem-estar materno e fetal. Para isso, as equipes de saúde da Atenção Primária devem acolher a mulher desde o início da gravidez (o mais precocemente possível, no início ou até antes da gestação); reconhecer, acompanhar e tratar as principais causas de morbimortalidade materna e fetal e estar disponíveis quando ocorrerem intercorrências durante a gestação e o puerpério.

De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), embora tenha registrado avanços, os indicadores ainda estão relativamente elevados no Brasil, onde a mortalidade na infância está concentrada no período neonatal, permanecendo o desafio de oferecer melhores serviços de saúde primária e especializada, pois a maior parte desses óbitos ocorre em função de eventos 
sensíveis à melhoria do sistema de saúde na assistência pré-natal e na atenção ao recém-nascido.
O Brasil reviu as metas de redução da mortalidade materna e mortalidade neonatal e na infância, estabelecidas no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3, relativo à saúde e bem-estar, para adequá-las à realidade nacional. A meta referente à mortalidade materna, por exemplo, foi ajustada para até 30 mortes por 100 mil nascidos vivos, enquanto a meta global para 2030 é de menos de 70 óbitos. Em 2010, essa meta já tinha sido superada, mas o indicador permanece em níveis elevados, tendo registrado 64,4 óbitos por 100 mil nascidos vivos em 2016.
Professora Vilma

Fonte: 
 —